terça-feira, fevereiro 28

The Carnival Is Over

what? no!

Say goodbye, my one true lover
And we'll steal a lover's song
How it breaks my heart to leave you
Now the carnival has gone
Oh my love, the dawn is breaking
And my tears are falling rain
For the carnival is over
We may never meet again
Like a drum my heart was beating
And your kiss was sweet as wine
But the joys of love are fleeting
For Pierrot and Columbine
Now the cloak of night is falling
This will be our last goodbye
Though the carnival is over
I will love you till I die

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E o tango e o Carnaval ali tão perto

Jana Hunter e Castanets aka Ray Raposa foram o pretexto para conhecer a ZDB. Semi-carimbada e pronta para o reconhecimento da área, dirijo-me ao bar: não há groselha. Que bar que se preze não tem tango? Felizmente o da frente, com papelinhos no chão e serpentinas e malta abanando-se ao som da Daniela Mercury, saciou a minha sede. God bless!
Regressada ao curral, já a Jana cantava e a melancolia entranhava-se nos ossos como humidade. Pela janela viam-se os foliões, desfilando coloridos. Lá dentro, a melodia da voz cansada da Jana adormece-nos e quase nos esquecemos que era suposto andarmos a atirar serpentinas e balões de água aos transeuntes.
O Ray é um rapaz simpático. Ele e o seu boné. E o seu coração que se quebra todas as noites que a Jana canta. Mas com uns copos a coisa vai.
É o final da digressão europeia e Ray está encantado com a multidão lá fora que se vê pelo vidro. Se calhar também ele queria beber uns tangos. Mas não há, Ray. Bem te vi no bar e decerto que também não havia groselha para ti. Mas nós somos quase tão bons quanto groselha e até há quem peça canções. Mas o Ray não pode tocá-las. São complicadas. Nós aceitamos.
No final, eu queria trocar a minha língua da sogra pelo boné do Ray. Para recordação. Mas acho que ele já se tinha escapado com a Jana para o bar da frente, o tal das serpentinas, papelinhos e, sim, groselha.
Ok, não faz mal. É Carnaval. Enjoy it. ;)

sábado, fevereiro 25

Stories from a broken heart

Jana Hunter - Have You Got My Money
Mirah - Nobody Has To Stay
Chiara Mastroianni & Benjamin Biolay - A House Is Not A Home
Slowdive - All Of Us
Dead Combo - Polaroid Omelete e Os Três Miseráveis Saxes Barítonos

Stories from a broken heart

Dá-lhe, Xana

queremos lá saber.

A Caçadora e o Raposa - Carnaval sem Máscaras -

Dia 27 de Fevereiro na ZDB às 23h00
Jana Hunter

Até este ponto no tempo, a arte de Jana Hunter tem sido particularmente difundida ao mundo da música independente por Devendra Banhart. Quer através da sua participação na já seminal compilação «Golden Apples Of The Sun» de artistas a trabalharem com transgressão a canção contemporânea, quer através de um «split» que fez com Devendra para a Troubleman Unlimited, quer pelo disco que vem apresentar à ZDB, «Unstairing Heirs of Doom», tornando-se na primeira artista a sair pelo novo selo de Banhart e Andy Cabic (Vetiver), a Gnomonsong.
As ligações com outros criativos prolongam-se com os Castanets ou o fantástico Brendan Massei (Viking Moses), mas que estas associações não passem qualquer ideia de falta de génio próprio. Neste álbum, Hunter surge com carisma a rodos: na instrumentação, reduz a maior parte do suporte harmónicos das canções a uma guitarra acústica que, sozinha, funciona quase num registo de baixo; as melodias de voz caminham pelo domínio de um soturno que pode ser intersectável com o de Will Oldham, mas é mais Hunter que outra voz qualquer, muito maturada e fantasmagórica; a produção do disco actualiza uma estética lo-fi de gravadores de pistas por fita aqui e ali manipulada, que deu origem a tanto hino de quarto de dormir nos anos 90, ao passo que Hunter utiliza a distorção da sua voz no microfone para obter ecos de grão espectral. As letras adensam o macabro da passada quotidiana, explodem realidades emocionais habituais em momentos de revelação tão crípticos quanto claros. Simultaneamente pela estranheza e pela acessibilidade, é muito possível que estejamos na presença de uma escritora de canções que vá ficar na história - a julgar por «Black Unstairing Heirs of Doom» o trilho será enorme. Venham ver por onde tudo começa.

Castanets

Uma experiência comunal variável e numerosa, os Castanets de Ray Raposa, a principal voz do grupo (canta e toca em praticamente todas as faixas conhecidas do público), lançaram em 2005 o seu segundo álbum, «First Light's Freeze», depois do muito bem recebida «Cathedral», ambos com o selo Ashtmatic Kitty.
Para se começar a apreender a pluralidade do universo estético de expressão dos Castanets, um bom ponto de partida pode ser a lista de participantes em «First Light's Freeze»: Sufjan Stevens (o próprio); o jazzman soprador free Daniel Carter, parceiro de William Parker, Test, David Grubbs, Rasheed Bakr ou Spring Heel Jack; ou ainda G. Lucas Crane, Heidi Diehl ou Jarvis Tavaniere, três quintos do ensemble Vanishing Voice, que, com James Toth (Wooden Wand) tem criado um galopante catálogo de extremações etno-urbanas & canção cósmica nos últimos anos, de alto grau tripado e luminoso.
Se a isso juntarmos o facto de Jana Hunter vir como membro da banda nesta digressão europeia com antigos membros dos (incríveis) Trumans Water ou Fridge (Adem, não Kieran Hebden), vemos uma panóplia de universos em constante adaptação (cada ocasião é uma ocasião, com quem estiver por perto a sentir coisas irmãs): canção pop, viagem free, espirituais revistos à luz do séc. XXI por putos broncos inteligentes da cidade com part-times (a maioria é de Nova Iorque/Brooklyn), melancolia em acordes e exploração textural exposta em urgência pausada.
Para admiradores de qualquer um dos nomes acima referidos, de Will Oldham, do Jewelled Antler Collective (Thuja, Skygreen Leopards ou Blithe Sons) ou Pearls Before Swine, ou quaisquer interessados em ver pode onde pára a buscar da América pelas suas raízes, enquanto as procura no meio do betão.

Entrada: 7.5 Euros
(fonte)

O post rotativo
- à 3ª é de vez -

Meaningless

quinta-feira, fevereiro 23

Amanhã talvez seja a valer

Hoje é a brincar

domingo, fevereiro 19

Depois da tempestade

Acorda-se ao som do toque corrido do amola-tesouras.

quinta-feira, fevereiro 16

O post encomendado

Raindogs - Indiegente

:)

O batimento de couro mais eficaz da história da linha de Sintra
(em 3 paragens)

Estação de Sete Rios. Duas amigas. Dois rapazes. Um deles traz donuts e coca-cola. Oferece às raparigas. Elas riem e recusam. Logo depois, ele pergunta a uma delas: "conheces o T.?" Ela diz que talvez. Algumas palavras trocadas e ele abraça-lhe a cintura e dá-lhe beijos na face. Chega o comboio.
Em Benfica, ele convida-a para uma festa na Falagueira na noite seguinte para "nos conhecermos melhor". Ela ri e olha a amiga incrédula. Na Damaia, o amigo dele sai e solta um "comportem-se".
Ela diz que ele lhe faz cócegas com as festas no pescoço. Perto da minha paragem, a amiga senta-se num lugar disponível. A outra moça apressa-se para se sentar também, mas ele chega primeiro e puxa-a para o colo.
Depois saí e não sei de mais nada. :(

domingo, fevereiro 12

Mensagem da Billie para o dia de S. Valentim

Be sure it's true when you say
I love you
It's a sin to tell a lie

BD Jazz





(adquiridos ontem nos saldos)

Será verdade que, a partir dos 30, começamos a apreciar outras sonoridades?

sexta-feira, fevereiro 10

O desconhecido da gare do oriente

Encontrei a foto que tiraste na gare do Oriente. Caiu de um livro ao arrumar a prateleira. Lembro-me que ainda era Verão e estava-se bem ao sol. Eu estava sentada num dos bancos de olhos fechados a sentir o calor. E no meu rosto devia estar um rascunho de sorriso que te fez olhar-me surpreendido. Adivinhaste nos meus traços uma história qualquer triste e sorriste-me cúmplice. Continuaste a fotografar a estação e a procurar o ângulo perfeito. Da máquina saíam uns pequenos quadradinhos e vieste mostrar-me um deles. Eu disse que era bonito. Em inglês, pois não percebias a língua portuguesa. Vinhas da Itália e estavas a trabalhar ali perto para uma revista. Nas horas vagas fotografavas a gare.
Querias saber como se ia para a praia. Expliquei-te. Quiseste que escrevesse no teu caderninho o itinerário para não te esqueceres. Escrevi. Tu riste-te da minha tentativa de desenhar. Eu sorri. Sei bem que não sei desenhar. Não me importei de te revelar essa incapacidade. Tenho mais facilidade em mostrar aquilo que não sei fazer do que aquilo que sei.
O meu comboio chegou. Levantei-me.
"Ciao, bela". Estava tão cansada que nem repliquei que não me chamava Bela.

quarta-feira, fevereiro 8

Então, não vais ver os Depeche?

Devo ser uma das poucas pessoas que hoje não está no Pavilhão Atlântico. Tendo em conta o número de chamadas e de sms desta tarde a informar do grande evento, devo ser, de facto, uma excepção. Por acaso, era um daqueles concertos que não me importava nada de ver, no entanto, os bilhetes esgotaram rapidamente.
Entretanto, o Simão falhou uma grande penalidade... e a carinha do Koeman... bah
Venha um pouco de música (não, não são os Depeche) para descontrair no meio do jogo e da semana.

Miles Davis - Nuit sur les Champs-Élysées [Take 1]

E não me importava nada de estar nos Campos Elísios a dançar este Miles com um tipo jeitoso que me oferecesse flores.

segunda-feira, fevereiro 6

Depois de um dia agitado, a calma em alguns acordes

Angels of Light - Sunset Park
The White Birch - Silent Love
Sebastien Schuller - Tears Coming Home
Bill Ricchini - Just Can't Fall In Love

sábado, fevereiro 4

Lobster, Veados Com Fome e DOPO - esta noite na ZDB às 23h
Lobster

Duo nacional que começa a despontar como uma das mais intensas festas rock do país.
Com uma parede amplificadores imponente, lançam-se com guitarra e bateria em composições e improvisações de caleidoscopia matemática, onde o fulgor hiperactivo da bateria é contraposto por seis cordas electrificadas no limite da concentração.
A quem procurar paralelos pode-os encontrar na histeria espasmódica dos Lightning Bolt ou Hella, com semelhante virtuosismo e fulgor.
Lançaram recentemente Fast Seafood pela barreirense Merzbau, que pode ser sacado na íntegra (como todos os outros lançamentos do selo) no link abaixo indicado. Do melhor headbacking oblíquo que este país já conheceu.

Veados Com Fome

Parece impossível, mas Santo Tirso tem bandas de jeito. Numa rara manifestação do Portugal das cidades de pequena-média escala a dar de si, os Veados Com Fome têm andado a tocar principalmente pelo Norte do país, e acabam de editar o primeiro EP, num CD-R lançada pela Lovers & Lollypops (que publicou o split «Para o Inferno Com Eles» de Fish & Sheep e Tropa Macaca, estes últimos um alto trunfo da pandilha tirsense).
O media-duração em questão, denominado «Na» (para além do mérito de incluir faixas chamadas «Américo» e «Bufardo»), mostra uma transpiração rock a começar a ganhar forma própria. Nesta fase mutante, encontram-se paralismos com os Deerhoof mais escuros, um fascínio pelo reverb de tarola dos Joy Division, e por um math-rock com considerável índice de delicodoçura (tipo Ui ou Chavez com Explosions In The Sky).
Como nota final da apresentação, assinale-se o facto da banda «linkar», na sua página oficial, a clássica «soap opera» brasileira «Malhação», verbo que parece ser parte fundamental da ética criativa do projecto.

DOPO

Banda constituída e a emitir nas redondezas da cidade do Porto, os DOPO editaram há poucos meses Last Blues, To Be Read Someday pela proeminente netlabel nacional testtube.
No press release que acompanha esse lançamento, o jornalista José Marmeleira registou o momento como emblemático de uma nova geração de músicos, ligados a formas mais abertas, partidas, que apelidou de uma vaga de "ladrões" de música.
Um "roubo" que é posto em prática pela facílima acessibilidade a que há hoje em dia a tantas formas de música, pragmatizado aqui com um carisma adquirido através de conhecimentos captados por 1ª e 2ª mão, ou até por osmose estética.
Os DOPO, utilizando guitarras eléctricas e acústicas, bateria, melódica, pequenas percussões, harmónio e uma série de outras instrumentações acústicas, bem como electrónica orgânica de baixo custo, explanam a sua languidez em formas variáveis. Lembrando uns Boxhead Ensemble mais tribalizados, ou uns Sunburned Hand of The Man em formato introspectivo cruzados com guitarras ora de blues raptados ora tingidas pelo «shoegaze» mais ascético, encontram o seu próprio ninho ritualista. Primeira actuação ao vivo da banda.

Entrada: 5 euros (fonte)

sexta-feira, fevereiro 3

Novidades da je para quem gosta de ter novidades da je

Iniciou o mês de Fevereiro, altura de Carnaval e brasileiras desnudas a sambar. Não ainda, mas falta pouco. Não tenho nada contra as moças a abanar os seus rabos e outros atributos, mas detesto o Carnaval. Pronto, dito isto, deixa cá falar desta semana de trabalho que terminou.
Sim, iniciei outro trabalho. Desde o início deste blog, já tive para aí uns 4 diferentes \m/
Como de costume, está a correr bem, o pessoal é porreiro e bem-disposto. Sou uma sortuda. Esperemos que este não seja tão temporário quanto os outros. Sim, sejamos positivos e esperemos que este seja para durar. Mesmo que o vencimento seja risível. Mesmo que tenha de pagar passe e almoçar fora todos os dias úteis. Pá, que seja para durar. Estou um pouquito farta de saltitar e o ensino já não me estimula como há uns tempos. Por isso, vá, que seja para durar.
Para além disso, deixa ver... Hmmm. O quarto novo está aprovado, a janela e o pc também.
Ainda não fui ver nenhum concerto 06, mas também não tem havido nada que me faça atirar o cobertor ao chão e descalçar os chinelos.
Ah sim, o Sporting ganhou ao Benfica. Parabéns.
Que mais? *coça cabeça*
Pois! Ainda não dei pelo homem da minha vida e, muito menos, pelo de sonho. Se calhar, não é coisa que se veja. Apalpa-se.



O_o

Nevermind.