Sossega...
neste momento sou só eu,
ninguém mais vem comigo...
Estamos sós e podemos fechar
os olhos, por fim...
As tuas mãos estão perto do chão,
quase alcançam o chinelo esquerdo
derrubado pelo sono
A chuva bate na janela e eu
olho para ti recordando os
momentos em que te amava ao desespero
Agora é tudo tão plácido, calmo,
sereno...
tu dormes
Suavemente deslizo nos lençóis para
me aproximar do teu peito nu
quero beijar-te mas tenho receio
de te acordar,
teus lábios aguardam,
mexem-se um pouco
observo-te
perco-me um pouco mais
na tua respiração
no teu cheiro
Amar-te será sempre a
minha principal revelação
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