Aventuras Minhotas II

Conseguida a importante boleia junto de um hóspede muito simpático e corajoso (dar boleia a duas desconhecidas é sempre algo arriscado! lolol), fomos para o recinto em grande estilo: o nosso "motorista" trabalhava no festival! ui ui...

Trocar os bilhetes pela célebre pulseirinha e atravessar a porta pela 1ª vez... e a verdejante natureza que nos sorria feliz, acolhedora na sua simplicidade molhada...
A busca de abrigos por causa da incessante chuva, o pessoal do campismo com pedaços de tenda a cobrirem as cabeças, os pés encharcados de lama, as sandálias rebentadas... E o sorriso nos lábios sempre... :)

[ah ah ah ah... estavas bem encharcado quando te vi a refugiares-te na barraca da a3.
Quando chove, chove para todos! Nem os mestres se safam!] ;)

Descemos em direcção ao 1º concerto: CocoRosie, as irmãs que brincam encantadoramente com sons e as suas vozes celestes... e a chuva sempre... E o Devendra a espreitar o público... os brinquedos das crianças e nós crianças de novo... a harpa e o Devendra a brincar também com elas, connosco... a felicidade do regresso aos sonhos... a magia da simplicidade... a tal simplicidade molhada...
.....

A olhar o céu sempre...

Os Arrested Development fizeram-nos dançar! Aquecer o sangue um pouco... Os Bunnyranch lembravam-nos que os Blues Explosion estavam quase, quase, quase... E eu aos gritos na chuva torrencial: "Blues Explooooooooooosiiiiiiooooooonnnnnnnnnn!!!" e a minha sister sorria... :)

Sabem o que é ver uma banda que veneram pela 1ª vez? pois... sensação indescritível!

E a chuva a cair... Que chuva aquela naquele precioso momento! Lindaaaaaaaaaa
Chuva divina! Benção de deus que não sei se existe mas que senti ali, em cima da pele...
E o querido Jon gritando I Love You, I Love You, I Love You, I Love You, I Love You, I Love You, I Love You, I Love You.... e eu a saber que sim...

A respirar todos aqueles pedaços de céu que estavam ali para mim, para todos nós... irmãos ali, naquele momento, naquela alucinação colectiva...

"I Love You"! Gritei. No final tive a sorte de apanhar uma baqueta do grande Russell Simmons. E sorrisos não faltaram nessa noite abençoada pela chuva...

[Para o rescaldo de Paredes de Coura aconselho as Beep Crónicas. Tirando algumas pequenas excepções, subscrevo as palavras do Nuno].