Em tempos, o Skip teve um produto que era uma esfera com detergente que se colocava no tambor da máquina de lavar juntamente com a roupa. Mais tarde, em 1998, a marca criaria o seu primeiro detergente para a roupa em pastilhas, o Skip Tablets ("a solução mais simples para obter resultados irrepreensíveis") que acabou por ser o primo afastado dessa primeira ideia.
Na altura era uma ideia meio maluca. Convencer as donas-de-casa de que era bem melhor colocar o detergente, dentro de uma bolinha, directamente com a roupa do que o colocar na gaveta da máquina de lavar não era uma tarefa fácil, no entanto, era uma tarefa necessária, importante e, por que não dizê-lo?, vital.
Havia uma procura insana de jovens dispostos a semelhante acto de coragem. Sim, era preciso coragem e alguma loucura para integrar uma equipa e partir...
Sacos vermelhos a tiracolo, munidos de amostras de Skip versão bolinha, calcorreando as mais variadas ruas de Lisboa, tocando às campainhas, subindo escadas de madeira podres e em vertigem, enfrentando os cães, as velhotas sedentas de conversa, os amantes interrompidos, os pervertidos que convidavam para entrar para ver a marca da máquina de lavar hehehehe, os descrentes que não queriam aceitar a boa nova...
Momentos de dor, rejeição brutal e outros de gratificação, lágrima feliz...
Na inocência da juventude, percorrendo o Bairro da Serafina e oferecendo a dita bolinha cheia de detergente, sorrindo perante frases como "aqui há cavalo" e as frases cuspidas "é da bófia!", olhares penetrantes e incómodos do outro lado de portas fechadas...
Na missão da roupa lavada a cheirar a limpo, o orgulho no peito e a coragem sempre para prosseguir...
Bem... Até ao fim da campanha, pois tive outra proposta de trabalho deveras aliciante: contar carros numa estrada qualquer...
Ainda me questiono para que raio é que aquilo serviu mas a verdade é que foram mais uns trocos para a carta de condução.
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