E o tango e o Carnaval ali tão perto
Jana Hunter e Castanets aka Ray Raposa foram o pretexto para conhecer a ZDB. Semi-carimbada e pronta para o reconhecimento da área, dirijo-me ao bar: não há groselha. Que bar que se preze não tem tango? Felizmente o da frente, com papelinhos no chão e serpentinas e malta abanando-se ao som da Daniela Mercury, saciou a minha sede. God bless!
Regressada ao curral, já a Jana cantava e a melancolia entranhava-se nos ossos como humidade. Pela janela viam-se os foliões, desfilando coloridos. Lá dentro, a melodia da voz cansada da Jana adormece-nos e quase nos esquecemos que era suposto andarmos a atirar serpentinas e balões de água aos transeuntes.
O Ray é um rapaz simpático. Ele e o seu boné. E o seu coração que se quebra todas as noites que a Jana canta. Mas com uns copos a coisa vai.
É o final da digressão europeia e Ray está encantado com a multidão lá fora que se vê pelo vidro. Se calhar também ele queria beber uns tangos. Mas não há, Ray. Bem te vi no bar e decerto que também não havia groselha para ti. Mas nós somos quase tão bons quanto groselha e até há quem peça canções. Mas o Ray não pode tocá-las. São complicadas. Nós aceitamos.
No final, eu queria trocar a minha língua da sogra pelo boné do Ray. Para recordação. Mas acho que ele já se tinha escapado com a Jana para o bar da frente, o tal das serpentinas, papelinhos e, sim, groselha.
Ok, não faz mal. É Carnaval. Enjoy it. ;)
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