14 de Fevereiro: o dia mais estúpido do ano?
No topo da minha lista de datas que são um autêntico absurdo continuam o Natal, o Carnaval e a Páscoa. Menções honrosas para o Dia da Mulher, do Pai, da Mãe, dos Avós, dos Amigos (com as modernices ainda hão-de arranjar o Dia do Amigo Colorido, o Dia do Amigo Virtual, o Dia do Amigo Imaginário...), do Vizinho, do Animal de Estimação...
O que dizer do Dia dos Namorados?
É apenas mais um desses dias em que nos obrigam a agir de forma idiota e mecânica. Neste caso, é suposto trocar postais com declarações de amor, oferecer rosas vermelhas, peluches em forma de coração, jantar à luz das velas, entre outras coisas do género.
Ou seja, é necessário dizer a toda a gente se se tem namorado/a ou não.
Há vizinhos/as empunhando binóculos que precisam de sabê-lo, há mães de eventuais candidatos/as que querem sabê-lo, há multidões que se acotovelam arrancando os cabelos querendo sabê-lo.
Tudo o que fuja a este tipo de comportamento colar-nos-á o rótulo confrangedor de disponível e corremos o risco de ter pessoas a dar o nosso número de telemóvel a desconhecidos, a organizar blind-dates para nos colocar no bom caminho e/ou ouvirmos frases como: "Se calhar devias calçar uma botinha de salto alto, pôr um risquinho nos olhos... Por que não penteias o cabelo?"
Se é o dia mais estúpido do ano? Não, não é. Pelo contrário, é um dia de grande utilidade pública.
Banda-sonora a condizer:
Ode to St. Valentine, Calvin Johnson
Hot Kiss, The Makers
How Naked Are We Going To Get?, The Blow
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