sábado, fevereiro 4

Lobster, Veados Com Fome e DOPO - esta noite na ZDB às 23h
Lobster

Duo nacional que começa a despontar como uma das mais intensas festas rock do país.
Com uma parede amplificadores imponente, lançam-se com guitarra e bateria em composições e improvisações de caleidoscopia matemática, onde o fulgor hiperactivo da bateria é contraposto por seis cordas electrificadas no limite da concentração.
A quem procurar paralelos pode-os encontrar na histeria espasmódica dos Lightning Bolt ou Hella, com semelhante virtuosismo e fulgor.
Lançaram recentemente Fast Seafood pela barreirense Merzbau, que pode ser sacado na íntegra (como todos os outros lançamentos do selo) no link abaixo indicado. Do melhor headbacking oblíquo que este país já conheceu.

Veados Com Fome

Parece impossível, mas Santo Tirso tem bandas de jeito. Numa rara manifestação do Portugal das cidades de pequena-média escala a dar de si, os Veados Com Fome têm andado a tocar principalmente pelo Norte do país, e acabam de editar o primeiro EP, num CD-R lançada pela Lovers & Lollypops (que publicou o split «Para o Inferno Com Eles» de Fish & Sheep e Tropa Macaca, estes últimos um alto trunfo da pandilha tirsense).
O media-duração em questão, denominado «Na» (para além do mérito de incluir faixas chamadas «Américo» e «Bufardo»), mostra uma transpiração rock a começar a ganhar forma própria. Nesta fase mutante, encontram-se paralismos com os Deerhoof mais escuros, um fascínio pelo reverb de tarola dos Joy Division, e por um math-rock com considerável índice de delicodoçura (tipo Ui ou Chavez com Explosions In The Sky).
Como nota final da apresentação, assinale-se o facto da banda «linkar», na sua página oficial, a clássica «soap opera» brasileira «Malhação», verbo que parece ser parte fundamental da ética criativa do projecto.

DOPO

Banda constituída e a emitir nas redondezas da cidade do Porto, os DOPO editaram há poucos meses Last Blues, To Be Read Someday pela proeminente netlabel nacional testtube.
No press release que acompanha esse lançamento, o jornalista José Marmeleira registou o momento como emblemático de uma nova geração de músicos, ligados a formas mais abertas, partidas, que apelidou de uma vaga de "ladrões" de música.
Um "roubo" que é posto em prática pela facílima acessibilidade a que há hoje em dia a tantas formas de música, pragmatizado aqui com um carisma adquirido através de conhecimentos captados por 1ª e 2ª mão, ou até por osmose estética.
Os DOPO, utilizando guitarras eléctricas e acústicas, bateria, melódica, pequenas percussões, harmónio e uma série de outras instrumentações acústicas, bem como electrónica orgânica de baixo custo, explanam a sua languidez em formas variáveis. Lembrando uns Boxhead Ensemble mais tribalizados, ou uns Sunburned Hand of The Man em formato introspectivo cruzados com guitarras ora de blues raptados ora tingidas pelo «shoegaze» mais ascético, encontram o seu próprio ninho ritualista. Primeira actuação ao vivo da banda.

Entrada: 5 euros (fonte)

4 Comentários:

Às 3:28 da tarde , Blogger Paulo para todas as obras disse...

E como foram os concertos? É que a caminho da ZDB perdi-me pelo Maxime...

 
Às 8:52 da tarde , Blogger static disse...

não fui :(

mas deve ser sido giro.

 
Às 5:00 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Ouvi dizer que uma das bandas tinha um baterista com mamas. A fonte será de confiança?

 
Às 9:14 da tarde , Blogger static disse...

%-)

dispenso vê-las... de novo..

(vómito)

 

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