Aventuras Minhotas VIII
A solução... voltar para trás... mais uns quilómetrozitos... ah ah ah...
Dirigimo-nos então para a vila na vaga esperança de encontrar um táxi... ah ah ah... as ruas desertas... a malta do festival que se cruzava por vezes connosco... os Wray Gunn a abandonarem a vila em jeito de etapa de montanha... ah ah ah... e nós a ultrapassarmos a banda e o Homem Tigre a dizer: "fuga do pelotão... vá, estou motivado"... ah ah ah... os alegres alcoolizados a fazerem propostas de casamento na madrugada fria... o silêncio...
táxis??? ah ah ah...
Depois de interpelarmos algumas pessoas, uma delas um pobre velhinho que fugiu de nós como o diabo da cruz quando lhe contámos a nossa história e dissemos: "Vai para S. Roque?", regressámos ao recinto do festival na amarga resignação de esperar, esperar, esperar... e a chuva a cair... e o frio a entrar nos ossos... ah ah ah...
Sentámo-nos nas cadeiras que nos esperavam secas (extraordinário!) na esplanada frente à porta do festival e, ao som dos Zig Zag Warriors, começámos a nossa longa conversa... vários temas... de Nietzsche a "como é possível sermos tão anormais?", de "hum, por que raio só está chover deste lado da mesa?" a "que engraçado, não sinto os dedos dos pés!"...
ah doce ironia...
os seguranças a fecharem o recinto... os camiões do lixo na sua missão matutina... o céu a clarear...
O regresso à vila... o silêncio... as montras... os cafés fechados... a ausência... o nada...
e a chuva... de novo... sempre...
o tempo... tic tac... tic tac...
e o conforto das camas quentes... secas... longínquas...
snif...
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