A próxima ida ao Teatro:
Violeta puta de guerra
"Acabada a guerra, as tropas coloniais fazem as malas para voltar para casa. É a última noite de um contingente no território. Dentro das "flats", os soldados comemoram a partida, dançam ou cantam em pequenas festas, um toca harmónica, antevêem a chegada a casa, a namorada, a mulher, os filhos. Violeta, essa, depois de acarinhar dezenas na sua alcova, recorda a vida que levou e está a acabar. Bate de porta em porta pedindo que a levem. Diz que não tem dinheiro. Chama pelos nomes dos antigos "namorados". Mas eles não ouvem ou não querem ouvir. Têm a música alto ou estão bêbedos, ou tapam os ouvidos. Ela chora, implora, rasga as roupas, oferece-se de graça porta a porta. Mas eles, nada. Divertem-se, riem alto. Numa das "flats", um soldado aumenta o volume do rádio. No fim, ouvem-se botas e hinos revolucionários. Vêm buscá-la para um campo de reeducação. Não pode haver tolerância com quem amou ou fingiu amar os colonialistas. Como Violeta." Fernando Sousatexto: Fernando Sousa
encenação: Mário Trigo
interpretação: Joana Fartaria, Júlio Martin, Mário Trigo
apoio ao movimento: Stephan Jurgens
vídeo: Fernando Galrito
sonoplastia sobre motivos: João Lucas
desenho de luz: Mário Trigo
figurinos e espaço cénico: Imaginário Colectivo
co-produção: Teatro Focus e Teatro TapaFuros
No Teatro da Trindade-Sala Estúdio de 29 setembro a 24 outubro (quarta a sábado 22h domingo 17h)
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